Thursday 26 November 2009

Isso vendo pelo lado do ocidente. Pelo lado do oriente, é uma expansão da influência, devido à expansão do poder da Ásia no contexto mundial. Nos anos 80, a maioria dos desenhos que passavam eram americanos. Hoje, são japoneses. Até a virada do século, escolinhas de idiomas brasileiras costumavam ter inglês, francês, espanhol, alemão e italiano. Hoje já é comum terem sete línguas, com o japonês e o chinês.

Mas o ponto, reitero, é que a percepção do tempo desses povos é diferente. Na visão dos chineses da história, o império teve uma baixa por alguns poucos séculos, mas já está se reerguendo. Ouvi uma história de um músico brasileiro que foi a uma tribo aleatória e lá tocou seu instrumento, creio que um violão. A resposta foi positiva: disseram-lhe (talvez o cacique lhe disse) que ele está indo bem, se continuar assim em vinte anos vai estar tocando bem. Fale-me sobre o contraste com o punk rock.

Naquele Deep Culture que uma vez mencionei, o autor questiona esse achar que o ser humano é igual em essência, independente da localidade, alegando que é um modo de negar ou negligenciar a cultura. Nos meus estudos e reflexões sobre cultura, cheguei até o ponto de questionar qual é a diferença entre cultura e natureza, já que nas sociedades animais não humanas também existem padrões de organização social e de comportamento. Penso que talvez haja algo no homem que difira sua cultura da chamada natureza, mas isso contestaria o conceito de cultura atual que abrange toda e qualquer manifestação de costumes e comportamentos de um grupo.

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