Thursday 8 October 2009

Na época do início da invasão, um frade espanhol chamado Bartolomé de las Casas escreveu um tratado intitulado Breve relación de la destrucción de las Indias Occidentales, traduzido como O Paraíso Destruído: Brevíssima Relação Da Destruição Das Índias. O original pode ser lido aqui: http://www.cervantesvirtual.com/FichaObra.html?Ref=18691&portal=244 e aqui: http://es.wikisource.org/wiki/Brev%C3%ADsima_relaci%C3%B3n_de_la_destrucci%C3%B3n_de_las_Indias. Parece que o camarada foi um defensor dos índios. Morreu em Madri, segundo consta.

Quanto ao próprio caminho do Brasil, creio que envolve o questionamento do modelo atual, o conhecimento e esclarecimento do modelo anterior e a comparação com outros modelos externos. Mas na prática, como proibir as práticas econômicas, agrárias e industriais vigentes? É necessário que a maioria se conscientize de que a vida dos nativos era de fato mais saudável e significativamente mais preenchedora das motivações humanas essenciais do que a vida civilizada. Campanha na mídia? Talvez, mas sabendo que há que se deixar o barco quando o rio for atravessado. Então trata-se de conscientizar os donos do poder, os formadores de opinião, os grandes tubarões --- justamente os caras que se dão bem com essa desgraça toda. É um impasse.

Apesar de tudo, a organização da viciosa civilização europeia não deve ser desprezada: por meio dessa organização, um povo entre milhares (a saber, os romanos) destacou-se e conquistou o mundo. O que lhes faltou (e falta) foi moralidade.

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