Friday 30 October 2009

No meio acadêmico hoje rola uma tendência para abranger a filosofia oriental no âmbito da filosofia. Tradicionalmente só se aceita tecnicamente como filosofia o que tem origem na filosofia grega.

Acho interessante a relação dos orientais e dos índios. Tem uma teoria que diz que os orientais colonizaram a América há tipo 50.000 anos, passando pelo estreito de Behring. Talvez existam semelhanças até culturais, na forma de encarar o mundo, que possam servir para preencher o que fica de fora da visão de mundo romana, que foi perdido da cultura indígena. Diferente dos índios, os orientais possuem uma cultura escrita registrada.

Estendendo as comparações, podemos comparar as tribos indígenas (inclusive africanas) com as tribos europeias — tudo bárbaro, tudo indígena, no sentido de autóctone. Mas extrapolando essa linha, os próprios romanos foram somente mais um povo bárbaro, que porém veio a dominar os outros. Então é tudo barbárie. Por outro lado, a vitória pode conferir-lhes o direito ao título de civilização.

Contudo, mesmo no sentido tradicional de civilização, fica complicado dispensar a China como civilização. E uma das diferenças mais importantes entre a visão da civilização chinesa e a ocidental está no conceito do tempo. Para a civilização chinesa, o período no qual historicamente ela esteve em baixa no contexto mundial é relativamente insignificante.

Existe uma linha chinesa que diz que do um veio o dois, do dois o três, do três, os dez mil seres. Creio que estamos mais para os dez mil do que para uma terceira via.

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